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O princípio antrópico, também conhecido como "efeito de seleção de observação", é a hipótese, proposta pela primeira vez em 1957 por Robert Dicke, de que existe um limite inferior restritivo sobre quão estatisticamente prováveis são nossas observações do universo, porque as observações só poderiam acontecer em um universo capaz de desenvolver vida inteligente. Os proponentes do princípio antrópico argumentam que ele explica por que este universo tem a idade e as constantes físicas fundamentais necessárias para acomodar a vida consciente, pois se qualquer um deles fosse diferente, não estaríamos por perto para fazer observações. O raciocínio antrópico é frequentemente usado para lidar com a noção de que o universo parece estar bem ajustado para a existência da vida.
Existem muitas formulações diferentes do princípio antrópico. O filósofo Nick Bostrom [en] os conta em trinta, mas os princípios subjacentes podem ser divididos em formas "fracas" e "fortes", dependendo dos tipos de afirmações cosmológicas que envolvem. O princípio antrópico fraco (P.A.Fr.), conforme definido por Brandon Carter, afirma que o ajuste fino ostensivo do universo é o resultado do viés de seleção [en] (especificamente, o viés de sobrevivência). A maioria desses argumentos baseia-se em alguma noção do multiverso para que haja uma população estatística de universos para selecionar. No entanto, um único universo vasto é suficiente para a maioria das formas do princípio antrópico fraco (P.A.Fr.) que não lidam especificamente com o ajuste fino. Carter distinguiu o princípio antrópico fraco (P.A.Fr.) do princípio antrópico forte (P.A.Fo.), que considera o universo em certo sentido compelido a eventualmente ter vida consciente e sapiente emergindo dentro dele. Uma forma deste último conhecido como princípio antrópico participativo, articulado por John Archibald Wheeler, sugere com base na mecânica quântica que o universo, como condição de sua existência, deve ser observado, implicando assim um ou mais observadores. Mais forte ainda é o princípio antrópico final, proposto por John D. Barrow e Frank Tipler, que vê a estrutura do universo como expressável por bits de informação de tal forma que o processamento da informação [en] é inevitável e eterno.